Sabor e cheiro da água fornecida em Aljustrel e Beja
No seguimento da situação relacionada com a questão do cheiro e sabor a mofo na água fornecida a Aljustrel e Beja, o Grupo de Acompanhamento da Qualidade da Água, do qual fazem parte a AgdA – Águas Públicas do Alentejo, a APA-Agência Portuguesa do Ambiente/ ARH Alentejo, a Câmara Municipal de Aljustrel, a EMAS de Beja, a ERSAR-Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e a ULSBA - Unidade de Saúde Local do Baixo Alentejo, reuniu, ontem, em Beja, para apreciação e discussão das medidas operacionais já tomadas, dos resultados das análises de água que têm vindo a ser obtidos, bem como de novas medidas que necessitem de ser tomadas, informando que:
-Com base nos resultados das análises que têm vindo a ser efetuadas pela AgdA - Águas Públicas do Alentejo, SA, reitera-se o cumprimento dos parâmetros de qualidade exigidos pela legislação aplicável, pelo que o consumo desta água não constitui risco para a saúde pública conforme parecer da Autoridade de Saúde Pública. Não obstante, serão mantidos os apertados controlos analíticos, realizados em laboratórios independentes, por forma a assegurar uma permanente vigilância da sua qualidade;
-Nos próximos dias, será alterado o local de captação na albufeira do Roxo, através de uma captação em jangada que permitirá extrair água mais afastada da margem da albufeira, de melhor qualidade;
-Às medidas implementadas nas últimas semanas pela AgdA, no sentido da melhoria da eficiência do processo de tratamento da água, serão acrescentadas algumas medidas complementares, nomeadamente alterações nos procedimentos de operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Roxo, que permitam atenuar a questão do sabor e cheiro a mofo da água fornecida, resultantes de alterações da qualidade da água na albufeira;
-Foi ainda comumente reconhecido que as medidas de curto prazo que estão a ser tomadas não substituem a necessidade de uma remodelação mais profunda da ETA Roxo. A reabilitação desta infraestrutura, permitirá de forma definitiva capacitar a instalação para responder às características que a água atualmente apresenta;
-Mais se informa que não foi considerado eficaz, no presente contexto, efetuar um reforço dos níveis de armazenamento a partir do sistema do Alqueva, face à enorme dimensão dos volumes de água necessários para se obter uma diluição adequada da água existente e ao período de tempo necessário para a sua operacionalização;
-Será ainda maximizada a utilização de água subterrânea para diluição com a água proveniente da ETA do Roxo;
-O Grupo de Acompanhamento da Qualidade da Água vai apreciar de forma continuada e sistemática os resultados das medidas implementadas, definindo novas medidas se necessário.
Beja, 18 de agosto de 2015
Grupo de Acompanhamento da Qualidade da Água do Sistema do Roxo
